Ao menos em duas oportunidades ao decorrer da última semana, após sassaricar à programação da tarde na tv, assistir ao circo proporcionado pela tv. Bandeirantes que, sobre a batuta de José Luis Datena, me deixou perplexo pelo deserviço do programa Brasil urgente ao Estado Democrático de Direito.
1- Longe de posições extremadas, o referido programa reflete no seu título a situação à qual está submetida a mídia nacional, em especial caráter policialesca. Em patente violação aos direitos humanos universalmente consagrados, programas dessa natureza se propagam pelo país inteiro. Contudo, o dado mais alarmante, fica por conta de que em alguns Estados, a exemplo o Rio de Janeiro, esses programas recebem apoio, inclusive, da secretária de direitos humanos, é a velha política da lei e ordem levada de forma massificada e quase nazista ao lares e corações de cidadãos que recebem acriticamente tudo que lhe repassam ao final do dia, após uma extenuante jornada de trabalho. Dito de outra forma, por trás de reportagens tendenciosas o que se diz é: bandido bom, é bandido morto.
2- A rigor, estamos diante de um conflito de valores constitucionais, quais sejam Dignidade da Pessoa Humana Vs. liberdade de imprensa. E por óbvio, como já fora firmado pela doutrina e jusrisprudência mais abalizada, em sopesamentos dessa natureza, prevalecerá o fundamento da República Federativa do Brasil, Portanto, Dignidade da pessoa Humana. Cabe ressaltar, que tais programas, além de mutilações a direitos fundamentais, usurpações de prerrogativas exclusivas do magistrado competente, promove-se um processo prévio de criminalização midiático. E tudo isso, com o aval de uma audiência fiel.
3- Contudo, o que mais me chamou à atenção, foi o sentimento externado pelo apresentador por helicópteros, a todo momento Datena exclamava; " águia na tela", "Onde está o comandante Hamilton?", no ápice de sua sede de noticia, o apresentado reclama ao comandante; "Não acontece mais nada nessa cidade, nenhum alagamento, nenhum acidente, nenhuma perseguição, alô São Paulo, vamo acorda, image na tela", (sic) não satisfeito com o suposta calmaria, ainda ordena ao comandante que vasculhe a cidade inteira, posto que bandido adora aparecer e irá delinqüir pra ser noticia.
Sumariamente, assim, tal como se o microfone fosse a balança e o helicóptero Águia a espada, Datena continuava a decretar a sua justiça e alimentar um Estado de excessão.
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