domingo, 31 de janeiro de 2010

A luta continua...

Inicia-se, na próxima segunda-feira, 01-02-10, o semestre letivo da gloriosa Faculdade de Castanhal (FCAT), e com as aulas, os ônus e expectativas acadêmicas renovam-se, de ante mão, ficam as boas vindas aos calouros, à saudação aos veteranos, num súbito desejo que todos possamos juntos em 2010, construir sonhos, implantando o impreterível Centro Acadêmico de Direito (CAD), que o programa de pesquisa e extensão saia do papel, que a monitoria seja institucionalizada , que possamos manter um grupo de estudos temáticos perene e comprometido, que os docentes lembrem que devem formar livres pensadores e não Vade Mecum ambulantes, que os discentes tenham consciência do papel transformador do profissional do Direito.

“Eu vejo uma vida melhor no futuro, eu vejo isso por cima de um muro de hipocrisia que insiste em nos rodear.”

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A volta de Robinho.

O novo Pelé. Esse estigma que acompanhou o rei das pedaladas nos seus primeiros anos de carreira, não se justificaram com o lapso temporal, com uma passagem discreta pelo galáctico Real Madri, e uma apagada temporada no emergente Manchester City, Robinho anuncia seu regresso ao Brasil e ao clube que lhe projetou, abrindo mão de salários milionários e campeonatos que venhamos e convenhamos, possuem mais visibilidade a que Campeonato Paulista e Copa do Brasil, tudo isso em troca de que?, segundo o próprio Robinho, para um projeto de Copa do Mundo, será mesmo?

Com um breve exercício racional, encontro razões dispares da que foi apresentada oficialmente para um retorno, arriscando a dizer que Robinho acaba de assinar seu atestado de fracassado. Sim, a palavra é fracasso! Afinal o novo Pelé e contratação mais cara da Premier Legue, não ganhou nenhum titulo de expressão,não conseguiu, sequer ser, titular de um time mediano na Inglaterra, Robinho pode ter alcançado sucesso financeiro, mas acarreta decepções futebolísticas.

O futebol brasileiro tem vivido uma verdadeira epidemia de repatriações, entretanto, nenhuma com as peculiaridades do caso Robinho. Veja bem, Ronaldo e Roberto Carlos, retornaram para encerrarem as carreiras no Brasil depois de longos e bem sucedidos anos no velho continente, ganhando quase todos os títulos coletivos e individuais que um jogador de futebol profissional poderia almejar. Adriano retorna muito mais por questões pessoais, como alcoolismo e depressão, que refletiam no seu desempenho dentro de campo do que por questões técnicas. Vagner Love, passou 4 anos no futebol russo, sendo campeão e ídolo da torcida, Fred voltou recusando propostas milionárias, enfim, Robinho, não ganhou nada, não era ídolo de torcida alguma, não era sequer titular de um ataque que tinha Tevez e Adebayor e como agravante não tinha proposta nem perspectiva alguma para a temporada.

Isso me remete a outra eterna promessa, o Português Ricardo Quaresma, no qual já teve passagens pelo Bracelona, Chelsea, Inter de Milão, porém, só mostra serviço no Porto.

E assim, volta o cão arrependido, com o rabo entre as pernas! Para confirmar, que as pedalas que sopram aqui, não sopram lá --'


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ainda aos amores impossíveis, Parte II.



Para uma idiota ^^

VIVER NÃO DÓI (Carlos Drummond de Andrade)
"Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana,

que gerou em nós
um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer

pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor e não
conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido
juntos e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos
Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.
Sofremos, não porque
nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.
Sofremos, não porque nossa mãe
é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
e ela estivesse interessada
em nos compreender.
Sofremos, não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras
nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
faz perder também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional."

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Deus um delírio?


Para o Belmook.

Deus existe? Esta é uma pergunta fundamental sobre a qual todos paramos para pensar em algum momento de nossa existencia. A resposta afeta não somente a maneira como nos comportamos, mas também o modo como compreendemos e interpretamos o mundo e o que esperamos para o futuro. Se Deus existe, há um propósito para a vida humana, e podemos até ter esperança de vida eterna. Se não, é preciso criar por nós mesmos algum sentido para nossa vida, nenhum sentido com origem transcendental será dado a ela, e a morte será provavelmente definitiva.

São basicamente três as concepções referentes à religião: teísmo, agnosticismo e ateísmo. Sendo duas posições extremistas e uma de centro. Vamos a caracterização de quem é o que. Os teistas são todos aqueles que acreditam na existência de um ser superior transcendental, onisciente, onipresente, onipotente e benevolente (como esses institutos se relacionam e para muitos se contradizem, será debate em outro momento), que tem um plano superior para a existência humana e fica muito contente quando é adorado na forma de orações e eventualmente suplícios, aqui encontram-se as principais religiões, tais com cristianismo, islamismo judaismo. Os agnósticos na definição do biólogo Richard Dawkins são covardes disfarçados de prudentes, englobando todos aqueles que acreditam que a existência ou não de um Deus ser uma questão insolúvel, não havendo argumentos suficientemente conclusivos para nenhum dos dois extremos, portanto, ficam em cima do muro. Por fim, os ateus são todos aqueles que não só não acreditam na existência de um ser superior nos moldes dos descritos acima para os teistas, como entendem serem prejudiciais quaisquer crenças em forças sobrenaturais. Dito isto, passaremos a falar em próximos post no que cada um dos posicionamentos implica.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Aos amores impossíveis em prosa e verso.


Em uma nada longínqua e aconchegante cidade, na qual se aproximam pessoas que a geografia separou. Um mosaico de sentimentos humanos, demasiadamente humanos, revigoram-se as utopias, como em um filme que todos sabem o final, mas ninguém cansa de assistir. No entanto, com o fim de mais um período de descanso, sobram as lembranças, engavetam-se as experiências e fica a esperança de que nada foi em vão...
Assim como os mergulhos refrescantes que o rio dessa cidade oferece, mergulhei em um sentimento que encantava pela sua impossibilidade, as noites frias tornaram-se quentes de expectativas, as viagens tornaram-se constantes e a rotina sufocante, nada que um sorriso não apague!
Em dias ociosos, entregava-me a reflexão, em noites melancólicas a boemia. E assim aguardava a próxima alvorada.
A realidade poucas vezes esteve tão distantedo desejo, queríamos o mundo, não tínhamos sequer autonomia, então, pôs-se, na penumbra as afinidades que outrora nos uniam. Ah se tudo fosse fácil como jogar uma partida de UNO! Só hoje compreendo, porque as rosas comumente são utilizadas como metáforas amorosas, afinal, as rosas são tão quão os sentimentos, belos, envolventes e se não forem bem cuidados, serão efêmeros demais para serem apreciados.
Como a vida é a arte dos encontros e desencontros, prefiro encarar tal situação com uma reticências(...) esperando que o fogo que arde sem se vê, volte a reascender tudo que um dia foi apagado pela ventania, que responde pelo nome de medo.

Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho

Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...

Vinícius de Moraes