domingo, 12 de setembro de 2010

Milagres e ocorrências extraordinárias.


Motivados pelos acontecimentos do último mês, respondo aqui a reiteradas tentativas de divinizar acontecimentos.
Pois bem, milagre pode ser definido como uma espécie de intervenção divina no rumo normal dos acontecimentos, o que envolve infringir uma lei estabelecida da natureza. Uma lei da natureza é uma generalização sobre o modo como certas coisas se comportam: por exemplo, pesos caem ao chão se os largamos, ninguém se levanta de volta dos mortos e assim por diante. Essas leis da natureza baseiam-se em um vasto número de observações.
Milagres deveriam, de saída, ser distinguidos de meras ocorrências extraordinárias. Alguém pode tentar cometer suicídio pulando de uma ponte altíssima. Por uma extravagante combinação de fatores, assim como condições dos ventos, as roupas funcionando como um pára-quedas, e assim por diante, essa pessoa pode, como já aconteceu, sobreviver à queda. Embora isto seja extremamente incomum, e possa até ser descrito pelos jornais como "um milagre", não é um milagre no sentido em que estou tentado demonstrar do termo. Poderíamos dar uma explicação científica satisfatória sobre como este individuo veio a sobreviver: tratou-se apenas de um evento extraordinário, e não milagroso, uma vez que nenhuma lei da natureza foi infringida e, até onde podemos dizer, não houve intervenção divina envolvida. Se no entanto, essa pessoa houvesse pulado e misteriosamente quicado na água, voltando para cima da ponte, isso, sim, teria sido um milagre

Um comentário:

Unknown disse...

Teu fato foi um milagre? Tendo em vista que você "quicou" água e de repente emergiu a ponte a ao curso normal das coisas?