quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Deus um delírio? Parte II


Distinções pertinentes ao nível de fé professado. Como não tenho à pretensão de reinventar a roda, vou humildemente me ater aos ensinamentos do mestre e excelentíssimo prof. André Coelho

1) O crente.
A primeira das três posições é acreditar que Deus existe. Há basicamente três tipos de crente: 1.1) aquele que tem uma crença doutrinária e sólida, ou seja, que recebeu formação no seio de alguma religião estabelecida, assimilou bem suas doutrinas e acredita na verdade dessas doutrinas, sendo capaz de fundamentar suas posições religiosas com base nas verdades doutrinárias e estando disposto a viver em conformidade com elas; 1.2) aquele que tem uma crença doutrinária e vaga, ou seja, que se considera afiliado a alguma religião estabelecido, mas tem apenas um vago e frágil conhecimento das verdades doutrinárias dessa religião e persiste em sua crença mais por hábito que por convicção, recorrendo a Deus em momentos de forte culpa ou necessidade; 1.3) aquele que tem uma crença não doutrinária ou pessoal, ou seja, aquele que diz "não tenho religião, mas tenho religiosidade", que tem sua própria concepção do que é Deus (uma luz, uma energia, uma força, um sentimento interior, a prórpia natureza, o próprio universo etc.) e acredita nela à sua maneira. Em qualquer discussão séria, os crentes dos dois últimos tipos devem ser desconsiderados. Por isso, considerarei, para fins de discussão, apenas o crente do primeiro tipo, o que tem uma crença doutrinária e sólida.

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