segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Aos amores impossíveis em prosa e verso.


Em uma nada longínqua e aconchegante cidade, na qual se aproximam pessoas que a geografia separou. Um mosaico de sentimentos humanos, demasiadamente humanos, revigoram-se as utopias, como em um filme que todos sabem o final, mas ninguém cansa de assistir. No entanto, com o fim de mais um período de descanso, sobram as lembranças, engavetam-se as experiências e fica a esperança de que nada foi em vão...
Assim como os mergulhos refrescantes que o rio dessa cidade oferece, mergulhei em um sentimento que encantava pela sua impossibilidade, as noites frias tornaram-se quentes de expectativas, as viagens tornaram-se constantes e a rotina sufocante, nada que um sorriso não apague!
Em dias ociosos, entregava-me a reflexão, em noites melancólicas a boemia. E assim aguardava a próxima alvorada.
A realidade poucas vezes esteve tão distantedo desejo, queríamos o mundo, não tínhamos sequer autonomia, então, pôs-se, na penumbra as afinidades que outrora nos uniam. Ah se tudo fosse fácil como jogar uma partida de UNO! Só hoje compreendo, porque as rosas comumente são utilizadas como metáforas amorosas, afinal, as rosas são tão quão os sentimentos, belos, envolventes e se não forem bem cuidados, serão efêmeros demais para serem apreciados.
Como a vida é a arte dos encontros e desencontros, prefiro encarar tal situação com uma reticências(...) esperando que o fogo que arde sem se vê, volte a reascender tudo que um dia foi apagado pela ventania, que responde pelo nome de medo.

Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho

Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...

Vinícius de Moraes

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